Pais Filhos
Combatendo o Cyberbullying: Uma Batalha Familiar em Todas as Camadas Sociais
2024-11-01
Uma nova pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time/Opinion Box revelou dados alarmantes sobre a prevalência do cyberbullying entre crianças e adolescentes brasileiros. O estudo aponta que 9% dos pais declararam que seus filhos já sofreram com esse tipo de agressão online, enquanto 5% reconheceram que seus próprios filhos já praticaram atos de cyberbullying. Esses números, no entanto, provavelmente estão subestimados, uma vez que muitos casos não chegam ao conhecimento dos pais.

Combatendo o Cyberbullying: Uma Batalha Familiar em Todas as Camadas Sociais

Impacto Desproporcional nas Famílias de Baixa Renda

O estudo revela que o cyberbullying aflige de forma mais acentuada as famílias das classes D e E, com 12% dos filhos dessas classes já tendo sofrido com esse tipo de agressão. Em contraste, a proporção é menor nas classes A e B (6%) e na classe C (7%), demonstrando que o cyberbullying não se limita a uma única camada socioeconômica, mas impacta de forma desproporcional as famílias de menor renda.

Plataformas Populares, Cenário Preocupante

O WhatsApp e o Instagram foram apontados como as principais plataformas onde o cyberbullying ocorre, tanto pelas famílias das vítimas quanto pelas dos agressores. Essa constatação reflete a popularidade desses aplicativos no Brasil, evidenciando a necessidade de uma abordagem abrangente para lidar com o problema.

Revelação do Cyberbullying: Diferentes Caminhos

Enquanto 51% dos pais das vítimas ficaram sabendo do cyberbullying por meio de seus próprios filhos, apenas 25% das famílias dos agressores descobriram o problema dessa forma. Essa discrepância sugere que os agressores podem ter mais dificuldade em admitir seus atos, o que dificulta a identificação e o enfrentamento do problema.

Reações Familiares: Entre Denúncias e Diálogo

As medidas mais comuns adotadas pelos pais das vítimas incluem a denúncia às plataformas digitais (31%) e a conversa com as famílias dos agressores (28%). Do lado dos agressores, as reações mais habituais são o diálogo com o próprio filho (31%) e a conversa com a família da vítima (24%). Apenas 16% das famílias das vítimas recorrem à Justiça ou à polícia, enquanto 17% optam por ignorar o episódio.

Lidando com o Impacto Emocional

As famílias das vítimas têm mais dificuldade em lidar com a situação do que as famílias dos agressores. Em uma escala de 1 a 10, em que 1 é muito fácil e 10 é muito difícil, a média entre as vítimas é de 6,5, enquanto entre os agressores é de 5,8. Essa diferença evidencia a necessidade de um suporte emocional e psicológico mais efetivo para as famílias afetadas pelo cyberbullying.

Metodologia e Abrangência da Pesquisa

A pesquisa entrevistou 2.114 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. Todos os entrevistados são pais de crianças e adolescentes de 0 a 16 anos. As entrevistas foram realizadas on-line entre 11 e 24 de setembro de 2024.O relatório completo, com mais detalhes sobre os achados da pesquisa, está disponível para download gratuito.
Operação Conjunta Garante Segurança Alimentar em Gravatal
2024-10-31
Em uma operação conjunta envolvendo a Vigilância Sanitária Municipal, a CIDASC, a Polícia Militar, a Polícia Civil e um fiscal do Ministério da Agricultura, foram realizadas fiscalizações rigorosas em estabelecimentos comerciais de Gravatal, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos alimentos de origem animal disponíveis para o consumo da população. Durante a ação, foram encontrados diversos produtos com data de validade vencida e sem procedência, resultando na apreensão de 217 quilos de alimentos impróprios para o consumo.

Protegendo a Saúde dos Consumidores: Uma Responsabilidade Compartilhada

Combatendo a Comercialização de Produtos Vencidos

A quantidade significativa de carnes vencidas encontrada nos estabelecimentos fiscalizados evidencia a necessidade de um controle rigoroso sobre os estoques. Segundo a fiscal da Vigilância Sanitária de Gravatal, Sílvia Francisco Fernandes, os estabelecimentos devem adotar práticas de gestão de estoque eficientes, garantindo a rotatividade dos produtos e a manutenção da qualidade. Além disso, a orientação é que os consumidores também fiquem atentos à validade dos alimentos, especialmente no caso das carnes, para evitar riscos à saúde.

Garantindo a Segurança Alimentar por Meio de Ações Integradas

A operação realizada em Gravatal faz parte do Programa de Proteção Jurídico-Sanitária dos Consumidores de Produtos de Origem Animal (POA) do Ministério Público de Santa Catarina, que está em atividade há 25 anos. Esse programa tem como objetivo assegurar a segurança alimentar dos consumidores, promovendo boas práticas na conservação e manipulação de produtos de origem animal, evitando riscos à saúde, combatendo a sonegação fiscal e incentivando a regularização da cadeia produtiva no setor.

Atuação Conjunta para Resultados Efetivos

A ação integrada envolvendo diversos órgãos, como a Vigilância Sanitária Municipal, a CIDASC, a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Ministério da Agricultura, demonstra a importância da cooperação entre as autoridades para garantir a efetividade das fiscalizações e a proteção dos consumidores. Essa abordagem multidisciplinar permite uma atuação mais abrangente e eficaz no combate à comercialização de produtos irregulares e na promoção da segurança alimentar.

Conscientização e Responsabilidade Compartilhada

Além das ações de fiscalização e apreensão de produtos impróprios, é fundamental que haja uma conscientização tanto dos estabelecimentos comerciais quanto dos consumidores sobre a importância da manutenção da qualidade e da segurança dos alimentos. Essa responsabilidade compartilhada é essencial para garantir que os produtos de origem animal disponíveis no mercado atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos pela legislação, protegendo a saúde da população.
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Desvendando os Rótulos: Alimentos "Saudáveis" Que Podem Prejudicar Sua Saúde
2024-11-02
Ao percorrer os corredores de um supermercado, é comum encontrar uma variedade de produtos com rótulos que prometem benefícios à saúde. Muitos consumidores, em busca de uma alimentação equilibrada, acabam adicionando essas opções ao carrinho de compras. No entanto, alguns desses alimentos com "selos de aprovação" podem, na verdade, ser disfarces para ultraprocessados prejudiciais.

Descubra os Segredos Ocultos Nos Rótulos "Saudáveis"

Desmascarando os Ultraprocessados

Para revelar esses ultraprocessados escondidos atrás de rótulos saudáveis, a coluna Claudia Meireles contou com a expertise de duas especialistas: a médica pós-graduada em nutrologia Lorena Cariello, do Rio de Janeiro, e a nutricionista Leticia Canelada, de São Paulo. Ambas fazem parte do Instituto Nutrindo Ideais e foram convocadas a listar cinco alimentos que, apesar de serem anunciados como benéficos à saúde, na verdade, podem causar o efeito contrário.A lista de Lorena inclui o peito de peru, a farinha láctea, os sucos de caixinha e os biscoitos integrais. Já Letícia elenca a barra de proteína, o iogurte adoçado ou com sabor, a granola e o doce "fit". Uma unanimidade entre as duas especialistas é a barra de cereais. De acordo com a nutricionista, incluir essas opções na rotina aumenta o consumo de açúcares e adoçantes, elevando os riscos de resistência à insulina, obesidade, inflamação crônica e diabetes.

Os Impactos Ocultos dos Ultraprocessados

Segundo Lorena, os alimentos mencionados também costumam ser ricos em sódio, gorduras e carboidratos ruins, além de serem pobres em vitaminas, minerais e fibras. "A falta de nutrientes essenciais pode comprometer a nutrição a longo prazo", alerta a médica pós-graduada em nutrologia. Ela ainda ressalta que o consumo frequente desses ultraprocessados disfarçados pode gerar "consequências para a saúde", como doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.Leticia Canelada, a nutricionista com especialização genômica nutricional, destaca que alguns aditivos e conservantes presentes nesses alimentos ultraprocessados com rótulos de "saudáveis" são "potenciais disruptores endócrinos". Ela explica que esses compostos "afetam o equilíbrio hormonal e aumentam o risco de doenças metabólicas". No caso das crianças, o consumo desses ultraprocessados disfarçados pode impactar negativamente o desenvolvimento infantil, alerta a médica Lorena Cariello.

Dicas para Identificar os Ultraprocessados

Para evitar levar para casa esses produtos ultraprocessados disfarçados de saudáveis, as especialistas recomendam ficar atento aos rótulos. "Você deve sempre ler a lista de ingredientes e deixo um aviso: produtos ultraprocessados tendem a ter uma lista extensa com ingredientes desconhecidos, como aditivos, conservantes e emulsificantes", detalha a nutricionista Leticia.Lorena Cariello complementa que rótulos com mais de cinco ingredientes ou com nomes pouco familiares e que não fazem parte do seu dia a dia na cozinha devem deixar o consumidor em alerta. Ela também explica que o açúcar pode aparecer com nomes disfarçados, como sacarose, maltodextrina, glicose e xarope de milho. "Se um desses aparecer como o primeiro ingrediente da lista, o produto provavelmente tem muito açúcar", elucida a médica.Leticia Canelada alerta que não se deve se deixar levar pela ideia de "não tem açúcar, portanto, é saudável" quando se trata de adoçantes. Ingredientes como aspartame, sucralose, acessulfame K, ciclamato e maltitol são frequentemente usados para adoçar alimentos sem calorias ou poucas calorias, mas podem ocasionar impactos negativos no metabolismo e na microbiota intestinal.Além disso, a nutricionista indica verificar a presença de gorduras hidrogenadas e de óleos vegetais refinados, como o de palma, soja, algodão e canola, na lista de ingredientes, pois são prejudiciais à saúde cardiovascular. Ela também ressalta a importância de ficar atento a produtos que contenham glutamato monossódico, nitritos ou níveis elevados de sal, mesmo que sejam apresentados como naturais ou integrais.Lorena Cariello alerta que alimentos titulados como "light", "fitness" e "rico em fibras" merecem cuidado tanto na compra quanto no consumo, pois esses termos normalmente mascaram ingredientes ultraprocessados. Ela sugere comparar a quantidade de gorduras saturadas e verificar se há menção de gorduras trans na tabela de informação nutricional. Caso essas orientações sejam confirmadas, a especialista instrui "evitar o consumo".
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