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Salinas: A Reinvenção da Moda Praia Brasileira
2024-11-01
A grife carioca Salinas, após seis anos de ausência dos desfiles da Semana de Moda de São Paulo, retorna com uma coleção que reafirma seu lugar como uma das marcas mais importantes do beachwear no mercado brasileiro. Sob a direção criativa da estilista Adriana Bozon, a Salinas amplia seu repertório, apresentando uma abordagem sofisticada e adulta para o resortwear.

Elegância e Versatilidade na Moda Praia

Uma Paleta Terrosa que Inspira Tranquilidade

A nova coleção da Salinas traz uma paleta de cores terrosas que transmite elegância e tranquilidade. Essas tonalidades são aplicadas em texturas e construções mais complexas, elevando o visual praiano sem perder a graça e a descontração típicas da moda brasileira. A matéria-prima natural, como o linho, o algodão e a ráfia, se junta a acessórios dourados marcantes, criando um contraste moderno entre o orgânico e a atmosfera cosmopolita.

Versatilidade Além das Areias

A Salinas amplia seu repertório, apresentando peças que podem ser usadas não apenas nas areias, mas também no dia a dia, em ambientes urbanos. Vestidos, tops, minissaias estruturadas, jaquetas esportivas, calças levemente amplas e até mesmo peças com técnicas artesanais elaboradas compõem a coleção, expandindo as possibilidades de uso da marca.

Chique sem Ser Esnobe

A nova abordagem da Salinas demonstra uma fase mais madura e generosamente versátil da marca, com um extremo bom gosto. Chique sem ser esnobe e simples, mas longe de ser comum, a Salinas apresenta uma proposta que equilibra elegância e descontração, elevando a moda praia a um patamar sofisticado.

Acessórios que Reforçam a Identidade da Marca

Para completar a coleção, a Salinas traz acessórios de palha e ombreiros que reforçam o ar praiano da marca. Esses elementos, aliados às peças versáteis e sofisticadas, consolidam a nova direção da grife, posicionando-a como uma referência no mercado de beachwear e resortwear.
Moda Afro-Brasileira: Tecendo Histórias, Fortalecendo Raízes
2024-11-02
Novembro é um mês dedicado à reflexão sobre a luta e contribuição da população negra no Brasil. Nesse contexto, marcas como Dendezeiro, Santa Resistência, Ateliê Mão de Mãe, Apartamento 03 e Isaac Silva se destacam não apenas por suas criações, mas também pelo diferencial ancestral que carregam em seus DNAs. Apesar das propostas diferentes, cada uma traz uma narrativa rica, história e compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira como elo em comum.

Tecendo Histórias, Fortalecendo Raízes

Dendezeiro: Inovação e Autenticidade Negra

Criada em 2019 pelos estilistas Hisan Silva e Pedro Batalha, a Dendezeiro cresce no cenário fashion como uma verdadeira personificação de inovação no mercado da moda brasileira. Desde a sua idealização, a marca de origem baiana se destaca na indústria em razão da abordagem inclusiva e sustentável. Além disso, o compromisso com a autenticidade negra levou o trabalho da etiqueta para todos os cantos do país, conquistando admiradores e clientes em diversas regiões.A Dendezeiro desfilou na última edição do São Paulo Fashion Week, consolidando sua posição como uma das marcas de maior destaque no cenário nacional. Com uma estética única e uma narrativa poderosa, a marca baiana se afirma como um símbolo da resistência e da valorização da cultura afro-brasileira na moda.

Ateliê Mão de Mãe: Tradição e Sustentabilidade

Conterrânea da Dendezeiro, a Ateliê Mão de Mãe tem o crochê como fio condutor de sua identidade. Vinicius Santana divide o comando da marca com a mãe, Luciene Santana, e o namorado, Patrick Fortuna. A matriarca sempre teve o trabalho artesanal como principal sustento da família, e essa tradição é refletida na essência da Ateliê Mão de Mãe.A marca promove a tradição do fazer manual, utilizando materiais recicláveis e técnicas ancestrais. Cada peça é uma verdadeira obra de arte, carregada de significado e história. Ao valorizar o trabalho artesanal e a sustentabilidade, a Ateliê Mão de Mãe se destaca como uma das principais referências nacionais no segmento.

Santa Resistência: Representatividade e Ancestralidade

Por sua vez, a Santa Resistência é uma marca que se destaca por sua proposta inovadora e pela defesa da representatividade. Com o DNA do continente africano, a etiqueta promove a ancestralidade da mulher negra em diáspora. Sob a visão de Mônica Sampaio, desde 2015, a Santa Resistência produz peças que funcionam como verdadeiro outdoor da estética afro-brasileira.Ao celebrar a beleza, a força e a resiliência da mulher negra, a Santa Resistência se torna um símbolo de empoderamento e representatividade. Suas criações carregam uma mensagem poderosa, que inspira e transforma, elevando a autoestima e a valorização da identidade afro-brasileira.

Apartamento 03: Autoria e Significado

Fundada pelo estilista Luiz Cláudio Silva, a Apartamento 03 tem se tornado uma marca cada vez mais admirada e potente no cenário da moda brasileira. O acabamento minucioso e o cuidado com os tecidos e texturas fazem parte das principais características da marca.A alfaiataria desconstruída da Apartamento 03 conquista o público, assim como o talento para narrar histórias por meio da moda. Em 2024, a etiqueta foi um dos destaques da edição N58 do São Paulo Fashion Week, com a coleção batizada de Grã, que celebrou o café como uma forma de legado ancestral de pessoas negras.Cada peça da Apartamento 03 é uma verdadeira obra de arte, carregada de significado e autenticidade. A marca se destaca por sua capacidade de transformar a moda em uma plataforma de expressão e valorização da cultura afro-brasileira.

Isaac Silva: Moda como Ativismo

Estilista baiano radicado em São Paulo, Isaac Silva criou a marca homônima em 2015. Outro nome vindo da Casa de Criadores, o diretor criativo é formado em design e gestão de moda, além de ser tecnólogo em produção de vestuário.Para o designer, a moda funciona como uma forma de ativismo. Em seus trabalhos, Isaac Silva já homenageou personalidades como a primeira mulher trans da história do Brasil, Xica Manicongo. A grife veste nomes como Taís Araújo, Camila Pitanga e Elza Soares, consolidando-se como uma referência no segmento fashion brasileiro.Ao utilizar a moda como ferramenta de representatividade e empoderamento, Isaac Silva se destaca como um dos principais nomes da indústria, inspirando e transformando a forma como a cultura afro-brasileira é retratada e valorizada.
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Mobilidade Urbana em São Paulo: Desafios e Oportunidades em Constante Evolução
2024-11-01
A Rede Nossa São Paulo divulgou recentemente a Pesquisa Viver em São Paulo 2024: Mobilidade Urbana, realizada em parceria com o Ipec, Instituto de Pesquisa e Consultoria Estratégica. Essa pesquisa fornece um retrato detalhado das tendências e padrões de deslocamento dos moradores da cidade, revelando insights valiosos sobre os desafios e oportunidades que a mobilidade urbana enfrenta em São Paulo.

Transformando a Forma como nos Movimentamos pela Cidade

Preferência pelo Automóvel Particular

A pesquisa revela que 29% dos entrevistados utilizam o carro com mais frequência, um aumento significativo em comparação com a edição anterior de 2023, quando esse percentual era de 19%. Essa preferência pelo automóvel particular é motivada principalmente pelo conforto, além da percepção de lotação e longo tempo de espera nos transportes coletivos. Outro dado relevante é que 52% dos entrevistados possuem um carro de passeio, um aumento de 4 pontos percentuais em relação a 2023.Apesar dessa tendência, a pesquisa também mostra que o uso esporádico de táxis ou transporte por aplicativo aumentou de 18% em 2023 para 19% em 2024. Além disso, a proporção de pessoas que utilizam o carro próprio todos ou quase todos os dias passou de 35% para 40%.

Transporte Coletivo: Ainda a Principal Opção

Embora o uso do automóvel particular tenha aumentado, o transporte coletivo por ônibus municipal continua sendo o principal meio de locomoção utilizado pelos paulistanos, conforme as respostas de 38% dos entrevistados. Esse percentual, no entanto, representa uma queda em relação a 2023, quando era de 41%. O uso do metrô também apresentou um leve aumento, passando de 11% para 12% dos entrevistados.Outros modos de transporte, como carros de aplicativos (5%), trens (4%), motocicletas (3%) e táxis (2%), também foram mencionados, com variações em relação à pesquisa anterior.

Tempos de Deslocamento: Melhorias e Desafios

Quando comparada à pesquisa de 2023, a edição de 2024 revela uma redução de 15 minutos no tempo médio de locomoção dos paulistanos para atividades como trabalho ou estudo. Essa melhoria é ainda mais significativa para os usuários de carro, com uma redução de 20 minutos (de 1h37 para 1h17). No entanto, para os usuários do transporte coletivo, a redução foi de apenas 2 minutos (de 1h59 para 1h57).Desde a pandemia, o número de pessoas que utilizam o transporte público com maior frequência vem aumentando, passando de 45% em 2021 para 64% em 2024. Por outro lado, o número de usuários de transporte particular diminuiu de 54% para 38% no mesmo período.Apesar dessas melhorias, o tempo médio de deslocamento dos moradores de São Paulo para todas as atividades diárias ainda é de 2h25. Os usuários de automóveis gastam, em média, 2h28, 18 minutos a menos do que em 2023, enquanto os usuários do transporte público levam 2h47, 24 minutos a mais do que no ano anterior.

Segurança no Trânsito: Uma Preocupação Crescente

A pesquisa também revelou que 92% dos entrevistados concordam totalmente ou em parte que o uso de celular no trânsito causa mais acidentes. Essa conscientização sobre a importância da segurança no trânsito é um ponto positivo e indica a necessidade de ações e políticas públicas que promovam uma cultura de responsabilidade e atenção durante a condução de veículos.Em resumo, a Pesquisa Viver em São Paulo 2024: Mobilidade Urbana apresenta um panorama complexo e multifacetado da mobilidade na cidade. Enquanto o uso do automóvel particular continua a crescer, o transporte coletivo ainda é a principal opção para a maioria dos paulistanos. No entanto, os tempos de deslocamento, embora tenham apresentado algumas melhorias, ainda representam um desafio significativo. A conscientização sobre a segurança no trânsito é um ponto positivo, mas requer ações concretas para transformar essa preocupação em mudanças efetivas.
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