Atualmente, o dólar está sendo negociado em torno de 5,80 reais, uma melhora significativa em relação aos picos de dezembro, quando chegou próximo a 6,30 reais. No entanto, especialistas do UBS alertam que essa estabilização pode ser apenas temporária. Arend Kapteyn, economista-chefe do banco suíço, e Alejo Czerwonko, diretor de investimentos de mercados emergentes nas Américas do UBS Global Wealth Management, destacaram durante a Latin America Investment Conference (Laic) em São Paulo que o real não deve manter esse patamar por muito tempo.
A percepção de risco global, aliada a questões fiscais internas, continua sendo um obstáculo para a recuperação do real. Dezembro foi um mês desafiador para os ativos brasileiros, refletindo incertezas tanto internas quanto externas. Essa volatilidade contribuiu para a recente valorização do real, mas os especialistas do UBS duvidam da sustentabilidade desse movimento.
No cenário internacional, a força do dólar continua sendo um elemento dominante. A administração Trump, embora inicialmente menos radical do que esperado, ainda representa uma ameaça à estabilidade global. As promessas de políticas duras em áreas como tarifas e imigração continuam pairando sobre os mercados financeiros. Arend Kapteyn ressaltou que a pausa na apreciação do dólar nos primeiros dias de governo Trump não significa uma mudança de rumo; as medidas prometidas podem ainda vir a ser implementadas.
A resistência do dólar em nível global, impulsionada por fatores geopolíticos e econômicos, tem impacto direto nas moedas de países emergentes, incluindo o Brasil. A combinação desses elementos cria um ambiente desafiador para a economia brasileira, que já enfrenta dificuldades domésticas.
Internamente, o cenário fiscal do Brasil permanece um ponto de preocupação. A falta de sinais claros de responsabilidade fiscal por parte do governo limita a capacidade de resposta da economia às pressões externas. A questão fiscal será um tema central ao longo do ano, enquanto o governo busca equilibrar suas contas sem comprometer o crescimento econômico.
Os especialistas do UBS preveem que, dada a conjuntura atual, o real deve depreciar ainda mais, podendo chegar a valores entre 6,20 e 6,40 reais nos próximos seis a doze meses. Esta projeção leva em conta tanto as tendências internacionais quanto os desafios domésticos, que juntos formam um quadro complexo e incerto para o futuro do câmbio no Brasil.
A Federação Europeia de Squash (ESF) está implementando uma estratégia inovadora ao incorporar o Bitcoin em suas operações financeiras. Além de manter a criptomoeda em seu caixa, a organização utilizará o BTC para transações de pagamento e doações. Esta abordagem pioneira reflete um crescente interesse global no uso de criptomoedas por empresas e instituições, com destaque para movimentos semelhantes nos Estados Unidos e Japão. A ESF também busca atrair novas parcerias e patrocínios através dessa iniciativa, além de fortalecer sua conexão com a comunidade esportiva.
O setor esportivo está experimentando uma transformação digital significativa, e a Federação Europeia de Squash está à frente desse movimento. Ao adotar o Bitcoin, a entidade não apenas moderniza sua gestão financeira, mas também abre novas oportunidades para engajamento e apoio dentro da comunidade de squash. Esta decisão estratégica visa promover maior flexibilidade nas transações e atrair investidores interessados em tecnologias emergentes.
Com esta mudança, a ESF pretende oferecer aos seus membros e parceiros uma alternativa de pagamento mais eficiente e segura. A adoção do Bitcoin como moeda de transação permitirá que a organização receba e envie pagamentos diretamente em BTC, facilitando processos financeiros e reduzindo custos associados a conversões cambiais. Além disso, a aceitação de doações via Lightning Network reforça o compromisso com a inovação tecnológica e a sustentabilidade financeira. Otto Kalvø, vice-presidente da ESF, enfatizou que essa medida trará benefícios significativos tanto para a federação quanto para o esporte em geral.
A decisão da ESF reflete uma tendência mundial crescente de adoção de criptomoedas por organizações e empresas. Empresas como MicroStrategy e Remixpoint têm realizado grandes investimentos em Bitcoin, demonstrando confiança na criptomoeda como uma reserva de valor sólida. Essa movimentação indica que o Bitcoin está se consolidando como uma opção financeira viável e atrativa para diversas instituições.
Embora a ESF não tenha divulgado detalhes sobre o montante que será investido em Bitcoin, a iniciativa já chama a atenção de potenciais parceiros e patrocinadores do setor de criptomoedas. A inclusão do squash nas Olimpíadas de 2028 também contribui para ampliar o alcance e visibilidade do esporte, estimulando ainda mais o interesse em torno das novas medidas financeiras adotadas pela federação. Com cerca de 20 milhões de praticantes em todo o mundo, o squash está pronto para explorar as oportunidades que o universo das criptomoedas pode oferecer, alinhando-se assim com os avanços tecnológicos do século XXI.