Automóvel
Escândalo Envolvendo Carro de Jogador do São Paulo FC: Negociações Complexas e Acusações Cruzadas
2024-11-02
O caso de um carro que pertenceu a um atacante do São Paulo Futebol Clube (SPFC) se transformou em um escândalo policial. O veículo, uma Land Rover avaliada em R$ 470 mil, foi objeto de uma suposta fraude na compra e venda, envolvendo um empresário acusado de golpe. A história envolve negociações complexas, acusações cruzadas e a intervenção da polícia para localizar o automóvel.
Uma Trama Envolvendo Futebol, Negócios e Justiça
O Carro do Atacante Ferreirinha
O carro em questão pertencia anteriormente ao atacante Aldemir Ferreira, conhecido como "Ferreirinha", que jogou pelo SPFC. Segundo informações, Ferreirinha decidiu vender o veículo, uma Land Rover avaliada em R$ 470 mil, no início da temporada, quando foi contratado pelo clube paulista. Para isso, ele procurou a empresa RW Consultor de Negócios LTDA, pertencente ao comerciante Raphael Waideman, que atua na venda de carros de luxo para jogadores de futebol há cerca de 10 anos.A Negociação com o Empresário Victor Shimada
Waideman afirma que, em fevereiro deste ano, fez um acordo verbal com o empresário Victor Shimada, de 39 anos, para a venda da Land Rover. Segundo o comerciante, Shimada se comprometeu a pagar o valor total do veículo, R$ 470 mil, em depósitos semanais de R$ 20 a R$ 30 mil. No entanto, Waideman alega que, posteriormente, foi informado de que Shimada havia "fugido" do Brasil, estando "quebrado" financeiramente.A Acusação de Estelionato
Diante dessa situação, Waideman registrou um boletim de ocorrência (BO) na Polícia Civil, acusando Shimada de estelionato. Segundo o comerciante, apesar de ter solicitado a transferência do veículo, por questões "burocráticas do cartório", o carro ainda constava no nome de Ferreirinha. No entanto, Waideman afirma que é o dono do veículo, tendo solicitado ao atleta uma procuração para poder registrar o BO.A Localização do Carro
Durante as investigações, a Polícia Civil localizou a Land Rover na garagem de um condomínio em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O automóvel estava em posse de um empresário da cidade, que informou ter recebido o veículo como parte do pagamento de um imóvel. Segundo esse empresário, a documentação do carro foi regularizada em nome da própria construtora.A Versão do Advogado de Shimada
O advogado de Victor Shimada, Rodrigo Staut, alega que seu cliente foi "surpreendido" com a repercussão do caso. Segundo Staut, um "parceiro de negócios" de Shimada assumiu o pagamento do automóvel para quitar uma dívida. O advogado afirma que o problema foi resolvido com a transferência de um imóvel para o nome de Waideman, realizada pelo "parceiro de negócios" de Shimada.As Acusações Cruzadas
Waideman, por sua vez, afirma que Shimada se apresentou como um possível comprador da Land Rover e que, após o acordo verbal, foi informado sobre o comprador ter "fugido" do Brasil. Já o advogado de Shimada, Rodrigo Staut, ressalta que seu cliente é um empresário com uma empresa de capital social de R$ 30 milhões, questionando a "lógica" de ele fugir do país por causa de um carro de meio milhão de reais.O Posicionamento do São Paulo FC
O São Paulo Futebol Clube informou que não tem conhecimento sobre o caso, tratando-se de uma questão pessoal a ser respondida pela assessoria do jogador Ferreirinha. A Polícia Civil, por sua vez, informou que o veículo "permanecerá com o atual possuidor [o empresário de Praia Grande] até resolução judicial".Essa trama envolvendo um carro de um ex-jogador do SPFC, negociações complexas e acusações de golpe demonstra a complexidade e os desafios enfrentados no mundo dos negócios e da justiça. O desfecho desse caso ainda está por ser definido, com a justiça tendo a palavra final sobre a responsabilidade dos envolvidos.