O gigante da tecnologia Google apresentou recentemente uma série de atualizações significativas em seu aplicativo Family Link, voltadas para ajudar os pais a gerenciarem melhor o tempo de tela e as interações digitais de seus filhos. Estas novidades surgem em um momento crucial, onde a conscientização sobre práticas digitais saudáveis ganha destaque, especialmente durante o Dia da Internet Segura.
A interface do Family Link foi redesenhada para oferecer maior facilidade de uso, com foco especial na gestão do tempo gasto com dispositivos. Agora, os responsáveis podem estabelecer limites diários tanto para o uso geral quanto para aplicativos específicos, como redes sociais e jogos. Além disso, um novo recurso chamado "Tempo Escolar" permite configurar períodos sem distrações, silenciando notificações e bloqueando apps desnecessários durante horários de estudo. Esta funcionalidade visa criar um ambiente mais propício à concentração e ao aprendizado.
A crescente dependência de smartphones entre crianças tem levantado preocupações sobre possíveis impactos negativos na saúde mental e no desempenho acadêmico. Diante desse cenário, a implementação dessas ferramentas pelo Google representa um passo importante para equilibrar o acesso à tecnologia com o bem-estar infantil. Ao fornecer aos pais meios eficazes de monitoramento e controle, a empresa contribui para a formação de hábitos digitais responsáveis desde cedo, preparando as próximas gerações para um mundo cada vez mais conectado.
O cenário econômico global está em alerta nesta quinta-feira, marcado por expectativas sobre as novas tarifas recíprocas que o presidente dos Estados Unidos prometeu implementar. No Brasil, a queda do comércio varejista em dezembro contrasta com o crescimento anual significativo. O Ibovespa opera em baixa, refletindo incertezas nos mercados financeiros. Investidores temem que as tarifas possam impulsionar a inflação nos Estados Unidos, enquanto especialistas analisam os impactos nas economias mundiais.
A movimentação das políticas comerciais americanas continua sendo um tema central para investidores globais. Nesta quinta-feira, a expectativa é alta em torno do anúncio de tarifas recíprocas pelo governo dos Estados Unidos. Antes disso, o presidente americano havia declarado em suas redes sociais que “hoje é o grande dia” para a implementação dessas medidas. Este anúncio ocorre após a aplicação recente de tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, que entrarão em vigor em março. Tais ações elevam preocupações sobre a pressão inflacionária, especialmente num momento em que a economia dos EUA já mostra sinais de aquecimento e geração de empregos.
Esse contexto também afeta diretamente o mercado brasileiro. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma leve retração no comércio varejista em dezembro, embora o ano tenha terminado com um crescimento expressivo. Claudia Moreno, economista-chefe do C6 Bank, destaca que setores mais dependentes de crédito, como materiais de construção e veículos, foram particularmente afetados pela alta dos juros. Ela projeta que a tendência para 2025 será de desaceleração no comércio, influenciada pelos juros elevados no país.
A alta do dólar também ganha destaque, acumulando um aumento substancial neste início de ano. Isso pode intensificar a inflação global, principalmente afetando commodities essenciais como combustíveis e alimentos. Além disso, há temores de que essas medidas possam desencadear uma guerra comercial internacional, aumentando ainda mais os preços globalmente.
Enquanto os mercados financeiros se ajustam às novas realidades, a atenção permanece voltada para as próximas ações do governo americano e seus impactos na economia global. No Brasil, a resiliência do comércio ao longo de 2024 é notável, mas os desafios para o próximo ano são evidentes, com a perspectiva de juros altos e uma possível desaceleração do setor. As mudanças nas políticas comerciais dos EUA continuarão sendo um fator crucial na dinâmica econômica mundial.
O Brasil, durante sua presidência do Brics em 2025, não buscará a criação de uma moeda comum para o grupo. Em vez disso, focará na interconexão de sistemas de pagamento entre os países membros, visando facilitar o comércio e os investimentos por meio do uso de moedas locais. Essa estratégia visa promover novas tecnologias e reduzir custos de transação, alinhada com padrões multilaterais como os do Banco de Compensações Internacionais (BIS). O objetivo é aumentar as opções comerciais e diminuir vulnerabilidades, sem antagonizar potências como os Estados Unidos.
A estratégia brasileira busca avanços significativos na eficiência dos pagamentos transfronteiriços, aproveitando tecnologias emergentes como blockchain. Isso permitirá que os países reduzam seus custos operacionais e dependência do dólar, sem necessariamente ameaçar sua posição como moeda de reserva global. A iniciativa foi reforçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu a discussão sobre formas alternativas de comercialização. Embora tenha mencionado a possibilidade de uma moeda compartilhada, essa ideia nunca esteve nas negociações técnicas do grupo.
Os esforços recentes incluem a integração do sistema Pix, um método de pagamento instantâneo que se tornou popular no Brasil. O país já possui um Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) com Argentina, Uruguai e Paraguai, mas seu uso ainda é limitado. A implementação de tecnologias mais avançadas poderia tornar essas transações mais seguras, rápidas e econômicas, ampliando significativamente o volume de negócios realizados diretamente em moedas locais.
Representantes do Brics se encontrarão na África do Sul no final de fevereiro para discutir essas propostas. A abordagem brasileira, centrada na melhoria da eficiência e redução de custos, é vista como uma forma de promover cooperação internacional sem criar tensões desnecessárias. As autoridades financeiras brasileiras têm trabalhado ativamente para desenvolver soluções que beneficiem tanto os membros do Brics quanto a comunidade global, fortalecendo assim o papel do Brasil como líder em inovação financeira.
Ao priorizar a integração de sistemas de pagamento, o Brasil visa não apenas impulsionar o comércio regional, mas também contribuir para um sistema financeiro global mais diversificado e resiliente. A adoção de tecnologias modernas e a promoção de práticas mais eficientes podem levar a benefícios significativos para todos os envolvidos, criando um ambiente mais favorável para o crescimento econômico e a estabilidade financeira.